O terceiro setor oferece, por exemplo, trabalho tanto para contratados, quanto para voluntários. Os profissionais que trabalham em ONGs, afirmam que, além da atuação social, a experiência é válida profissionalmente. Izabel Vilela, 22, trabalha no Instituto Rogério Steinberg , organização sem fins lucrativos, voltada para o desenvolvimento e identificação de crianças e jovens superdotados, socialmente vulneráveis.
Bem-vindo ao nosso site
A FENOSCIP- BRASIL - Federação Nacional das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público foi criada em 2/4/2004, e surgiu com o objetivo de congregar todas as entidades sem fins lucrativos do Brasil ( OSCIPs, ONGs, Associações, Institutos, Fundações, entre outros, afim de unir forças para estruturar e consolidar o Terceiro Setor no Brasil.
Participem de forma ativa em prol dessa causa, que é de todas as entidades sem fins lucrativos. Temos a certeza que após a filiação dessas instituições, teremos o fortalecimento e a representatividade da Fenocip-Brasil, tão necessária para se obter reconhecimento em todas as esferas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de todas as camadas da sociedade.
Sabemos que a estruturação do Terceiro Setor, é uma necessidade das Entidades sem fins lucrativos, pois isso irá organizar e definir estratégias de planejamento, métodos de administração e gerenciamento, por meio do desenvolvimento de sistemas específicos em curto, médio e longo prazos.
Hoje existem aproximadamente 400 mil Entidades sem fins lucrativos legalmente registradas, porém, atuam de forma isolada, obtendo resultados tímidos, e com pouco acesso aos recursos públicos disponíveis, dificultando o desenvolvimento de projetos, programas e ações sociais.
Diante dessa situação, a Fenocip-Brasil vem buscando mudar essa realidade, projetando um futuro promissor para essas entidades, promovendo o seu fortalecimento e aprimorando seus conhecimentos, auxiliando no aprendizado de seus membros e representantes, de forma a profissionalizá-los para o gerenciamento e manutenção de suas entidades, para garantir a sustentabilidade no cenário do Terceiro Setor.
Cadastre-se, ainda hoje, preencha a Ficha Cadastral on-line, e, em seguida, envie a documentação escaneada on-line ou pelos Correios para o endereço indicado no site.
Mensagem do Presidente
O Terceiro Setor, no Brasil, é uma força-tarefa, um espaço mobilizador de reflexão, de recursos e, sobretudo, de ação. E é com essa visão que a Fenoscip Brasil vem buscando consolidar a união e o fortalecimento de todas as entidades sem fins lucrativos já estabelecidas, para estruturação do Terceiro Setor. O objetivo maior é a promoção e o desenvolvimento de projetos sociais e humanitários, a partir da formalização de parcerias públicas e privadas, visando a independência financeira..
Os quatro principais pilares para a gestão do terceiro setor são accountability (que seria a responsabilização), a qualidade de serviço, a sustentabilidade e a capacidade de articulação, que representam o guia para a administração de todas as organizações sem fins lucrativos.
A Fenoscip Brasil tem como uma de suas metas auxiliar as organizações sem fins lucrativos nessas quatro dimensões, de forma a buscar o desenvolvimento do terceiro setor, para que ele seja capaz de se relacionar com a sociedade civil e com as suas instituições, a fim de prover bens de efetivo valor à sociedade, de conciliar autonomia com mobilização de recursos e de fazer frente a problemas públicos, tornando-se, com isso, a chave na administração do Terceiro Setor.
É com essa visão de futuro que a Fenoscip Brasil busca o apoio de todas as instituições, que se alinhem a esse seguimento, para participar desse processo inovador, cuja filiação é de fundamental importância para o crescimento e para a credibilidade do Terceiro Setor.
Presidente da Fenoscip Brasil
Sim, o Brasil tem jeito!
Publicado em sábado, 19 de agosto de 2017 às 10:19
Vivenciamos, diariamente, ações de altruísmo, de ajuda ao próximo, de construção de sociedade mais justa e digna e, neste campo, as entidades do terceiro setor têm tido papel relevante. Sim, isso existe e está bem arraigado ao jeito brasileiro de ser, apesar de vivermos momentos de incerteza, de falta de valores, reputação em baixa e desânimo que leva à diminuição da autoestima. Contudo, sempre, em qualquer situação, é importante vermos a metade do copo cheia. Não é à toa que todos que aqui visitam ficam apaixonados por nossa gente hospitaleira. Contudo, infelizmente, há contaminação do clima pesado junto ao nosso povo. E não podemos ficar passíveis frente ao que está ocorrendo. Urge que se restabeleça o comportamento calcado na ética e integridade em todos os segmentos de nossa sociedade.
Vemos que o governo, em todas as esferas – municipal, estadual e federal –, sem o apoio da sociedade civil, tem tido dificuldades para suprir a totalidade das necessidades da população. E, na atual conjuntura, onde a arrecadação de recursos diminuiu, menos ainda. Para tal, a sociedade deve se organizar – como vem fazendo e deve fazer cada vez mais – e agir sempre em consonância com o poder público, abrindo frentes de diálogo e de participação conjunta. É por esse motivo que o terceiro setor vem ganhando importância crescente. Digo inclusive que, atualmente, é imprescindível. Sem ele, estaríamos em situação calamitosa. Em democracia cada vez mais consolidada e madura como a nossa, pessoas têm cada vez mais voz e vez e devem exercer o seu direito pleno a participar das discussões, ações e decisões do governo. E, por isso, canais de diálogo são vitais.
Dados do Mapa das Organizações da Sociedade Civil elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que, em 2015 (dado mais atual disponível), o número de fundações e associações sem fins lucrativos era de 391 mil. O Brasil precisa de relevantes serviços prestados à sociedade e trabalho com grande empenho na defesa da causa desse segmento, além de respeito a regras, diretrizes, deveres e instituições para que possamos, todos juntos, lutar por mais justiça social, direitos plenos e vida mais digna. Para tal, o terceiro setor deve ser cada vez mais atuante, respeitado, conhecido e reconhecido. É preciso trabalhar no sentido de valorizar o trabalho e a atuação das fundações para o bem de nosso País e da sociedade brasileira. Sim, o Brasil tem jeito; basta querermos e todos agirmos para tal.
Dora Silvia Cunha Bueno é presidente da diretoria da APF (Associação Paulista de Fundações), da Cebraf (Confederação Brasileira de Fundações), assessora para assuntos parlamentares da Febraeda (Federação Brasileira de Associações Sócio Educacionais de Adolescentes) e diretora-vice-presidente do Fonif (Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas).
Palavra do leitor
https://www.dgabc.com.br/Noticia/2765688/sim-o-brasil-tem-jeito
Governo
Parcerias entre Estado e terceiro setor são tema de debate
Marco Legal
Representante da Secretaria-Geral da Presidência da República participa nesta segunda-feira (1) de um debate sobre a Lei 13.019/2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias entre o Estado e o terceiro setor. A atividade acontece na Universidade de São Paulo (USP) e não é necessário fazer inscrição.
Sancionada em 31 de julho deste ano, a Lei disciplina novos arranjos para o repasse de recursos públicos às organizações da sociedade civil e é considerada o marco legal do setor.
Além da representante da Secretaria-Geral da Presidência, também integram o painel de debates os seguintes expositores professores de direito administrativo, advogados, membros do Ministério Público de São Paulo e promotores de justiça.
Promovido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Direito Administrativo Democrático da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Nepad/USP), o evento gratuito acontece no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP (1º andar - prédio histórico) - Largo São Francisco, 95 - Centro, São Paulo/SP.
Lei 13.019/2014
A principal contribuição trazida pela nova Lei é a criação de um conjunto de regras próprias para as parcerias realizadas entre o Poder Público e as organizações da sociedade civil, o que reconhece a especificidade das entidades privadas sem fins lucrativos e evita analogias indevidas com as parcerias realizadas entre entes públicos.
O Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil cria instrumentos jurídicos próprios (Termo de Fomento e Termo de Colaboração) e estabelece regras para a seleção das entidades e para as etapas de execução, monitoramento e avaliação das parcerias tais como a exigência de chamamento público obrigatório – que irá evitar o favorecimento de grupos específicos; três anos de existência e experiência das entidades – o que evita a escolha de entidades sem preparo técnico ou estrutura para o cumprimento dos projetos; e ficha limpa, tanto para as organizações quanto para os seus dirigentes, com o objetivo de coibir a corrupção e trazer segurança à atuação das organizações de fato comprometidas com o interesse público.
Além disso, a Lei exige que os órgãos públicos planejem previamente a realização e o acompanhamento das parcerias e prevê um sistema de prestação de contas diferenciado por volume de recursos, o que deverá aperfeiçoar o monitoramento e a avaliação dos projetos, fazendo com que o olhar dos gestores seja direcionado ao controle dos resultados alcançados.
Fonte:
eSocial também atingirá o terceiro setor
Entidades do terceiro setor terão de enviar o arquivo inicial com os dados e tabelas de seus colaboradores
O eSocial terá profundos impactos nas rotinas das empresas e também das organizações sociais. Projeto que unificará o envio ao governo das informações previdenciárias e trabalhistas de trabalhadores de todo o Brasil, ele trata de empregador e não de pessoas jurídicas. A partir deste conceito, as organizações não governamentais (ONGs) que contratam mão de obra estão sujeitas às mesmas burocracias que os demais.
As entidades do terceiro setor com empregados terão de enviar o arquivo inicial com os dados e tabelas de seus colaboradores, bem os arquivos com a movimentação da folha de pagamento e todos os eventos trabalhistas periódicos. Para tanto, os empregadores deverão atuar conjuntamente com eles, primeiramente na busca de divergências, com o objetivo de atualizar as informações no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
Após o saneamento cadastral dos colaboradores, as ONGs, por meio de seus departamentos contábeis ou escritórios terceirizados, deverão aprimorar e agilizar todos os processos de contratação e informações das ocorrências de cada um dos trabalhadores. Informações, como a admissão de um colaborador, deverão ser transmitidas ao eSocial antes do efetivo início das atividades do empregado.
Já as informações sobre férias, afastamentos, acidentes do trabalho devem ser enviadas preferencialmente no dia seguinte à ocorrência. As transmissões de dados ao eSocial praticamente serão feitas diariamente, e esta complexa sistemática terá também informações de serviços tomados e prestados.
Por esse motivo, as organizações não governamentais devem repensar, juntamente com os profissionais responsáveis pela área contábil ou administrativa, a melhor forma de integrar os dados fiscais e contábeis juntamente com as informações trabalhistas e previdenciárias.
A partir deste levantamento, os gestores das entidades sociais devem trabalhar estrategicamente para modificar e criar processos internos que facilitem a chegada ao contador, em tempo hábil, das informações exigidas pelo eSocial.
Até porque, a complexidade envolvida nesta sistemática implica não apenas em atenção redobrada na hora de gerar os arquivos necessários para o envio, mas em se atingir a máxima qualidade dos dados, com o objetivo de evitar futuros problemas com o fisco ou o INSS.
Márcio Massao Shimomoto é sócio-diretor da King Contabilidade, empresa sediada em São Paulo.
BR54 Consultoria inova em gestão para o Terceiro Setor Novo!
A nova metodologia reúne de forma integrada múltiplas ferramentas administrativas com foco em pessoas, processos e ambiente das organizações sem fins lucrativos
As organizações sem fins lucrativos podem contar com metodologia inovadora de avaliação e gestão, desenvolvida pela BR54 Consultoria, para o Terceiro Setor.
Denominada SIG3 – Sistema Integrado de Gestão, a metodologia reúne múltiplas ferramentas administrativas para melhorar o desempenho da organização, considerando de modo integrado, gestão, finanças, marketing e comunicação.
Para o diretor da BR54 Consultoria, Ronaldo Bianchi, especialista em administração, com mais de 40 anos de atuação em empresas, organizações sociais e governo, o SIG3 é uma ferramenta inovadora para a análise da atividade de forma integrada e sustentável, considerando a perspectiva local e seu impacto global.
“A nova metodologia contempla a avaliação de processos, o marco legal do ambiente da organização no sentido de mapear os riscos trabalhistas, tributários da atividade, as oportunidades de isenções governamentais, relações institucionais, ambiente interno e externo, captura de oportunidades e futuro da organização”, observa o executivo.
BR54 Consultoria
Com foco em cultura, educação, meio ambiente e entretenimento, a BR54 Consultoria e Gestão constitui um núcleo de soluções orientado para sustentabilidade das organizações sociais sem fins lucrativos, que envolve uma visão inovadora da interação entre pessoas, processos e ambiente com o propósito de potencializar o investimento social e seu impacto.
Um dos pilares da empresa, criada em 2012, segundo Ronaldo Bianchi, é a capacidade de articulação entre empresas, governo e sociedade.
"Fortalecer relações éticas e transparentes nas organizações é fundamental na busca de resultados positivos em ambientes e tempos desafiadores", afirma o executivo.
Website: https://br54.com.br/
Gestão das Organizações do Terceiro Setor
Serão publicados uma série de artigos com aspectos da gestão das organizações do Terceiro Setor, também denominadas Organizações Não Governamentais. Existem diversos movimentos para que ocorra a profissionalização da gestão destas organizações, mas a cada ano o desafio aumenta, seja pela rotatividade dos colaboradores, seja pela alternância de lideranças gerenciais ou pelas alterações de leis que regem o setor.
A intenção destas publicações será contribuir com reflexões que envolvem o dia a dia destas organizações e desta colaborar com os administradores que já estejam seguindo carreira nesta área ou que eventualmente queiram iniciar a carreira neste segmento.
As organizações que compõe o terceiro setor abrangem uma infinidade de áreas no Brasil, desde a educação, saúde, assistência social, cultura, esporte até clubes esportivos e partidos políticos. A maioria delas existe para uma determinada causa social ou temática e todo o seu funcionamento é regido por esta grande missão. Ou deveria ser desta forma.
O que ocorre é que muitas delas nasce com uma missão bem definida, mas sem a definição de estratégias mínimas de sobrevivência financeira. Gerenciar uma organização com este perfil requer habilidade, dedicação e na maior parte do tempo uma boa dose de voluntariado, porém há o momento em que o voluntariado precisa dar vez para o profissionalismo. E vem o momento de adotar métodos de gestão em todas as áreas da organização.
https://www.administradores.com.br/artigos/carreira/gestao-das-organizacoes-do-terceiro-setor/75658/
O NECESSÁRIO EQUILÍBRIO ENTRE OS TRÊS SETORES DO SISTEMA SOCIAL
O esquema abaixo resume, com perfeição, as principais características de cada setor.
Setor |
Interesses |
Meios |
Fins |
Objetivos |
1º - Estado |
Não lucrativos |
Públicos |
Públicos |
Burocrático |
2º - Mercado |
Lucrativos |
Privados |
Privados |
Competitivo |
3º - Sociedade Civil |
Não lucrativos |
Privados |
Públicos |
Voluntário e Virtuoso* |
*embora devesse ser, nem todos as entidade da sociedade civil atuam voluntariamente ou agem virtuosamente patrocinando apenas causas coincidentes com o interesse público e defensáveis ética e moralmente.
O Estado, constituído dos entes estatais - ao qual em tese os demais seriam subordinados - tem a primazia de administrar o uso de bens públicos para fins públicos. O Mercado, formado por agentes econômicos privados, tem a primazia da competição. E a Sociedade Civil, formada por organizações não-governamentais ou privadas, tem a primazia das ações públicas não estatais.
Entretanto, para que cada um dos setores cumpra adequadamente sua função - e o faça com princípios republicanos, éticos e morais - deve se manter fiel aos seus interesses, meios e fins. O desvirtuamento, especialmente dos meios e dos fins de qualquer desses setores, levaria à corrupção, que seria o emprego de meios públicos para fins privados.
O Estado moderno, na sua missão de organizar a vida em sociedade, por intermédio dos poderes, deve ter ampla autonomia e independência no exercício de suas cinco macrofunções, que são: a) funções políticas, que consistem na definição de direitos e deveres dos cidadãos, assim como a relação entre pessoas e entre estas e as instituições; b) funções executivas, voltadas para a implementação das políticas públicas; c) funções jurisdicionais, direcionadas à solução de litígios; d) funções fiscalizatórias, destinadas à garantia do cumprimento da ordem jurídica e da regulação estatal; e e) funções de defesa da ordem e integridade do território.
A autonomia e independência do Estado, entretanto, não conflita nem impede a participação dos outros setores nas decisões do Estado. Pelo contrário. Aliás, o modo mais adequado para assegurar o equilíbrio entre os três setores do sistema social é a interação estrutural, por intermédio de órgãos colegiados, como conselhos consultivos e/ou deliberativos, dentro da política de governança participativa, ou mediante consulta pública, por meio das quais a sociedade e o mercado poderão contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas.
O equilíbrio desses três setores, que é fundamental para o bom funcionamento do sistema social, passa por maior colaboração e participação do segundo setor (Mercado) e do terceiro setor (Sociedade Civil) no primeiro (Estado). O ex-ministro Delfim Neto costumava dizer, em relação ao processo eleitoral, que quando as urnas exageram o mercado equilibrava e quanto o mercado exagerava, as urnas equilibravam. O risco é que o Mercado - que tem fins lucrativos, financia campanhas eleitorais e mantém algumas organizações não-governamentais - hegemonize e conduza o governo e a sociedade civil, colocando a competição e o lucro acima do interesse público, num verdadeiro "salve-se quem puder".
Portanto, do ponto de vista dos governantes, apesar de o Estado deixar de ser o único lócus de poder na sociedade, as vantagens da governança participativa, com a sociedade civil e o mercado sendo ouvidos, são importante porque asseguram legitimidade, lealdade e aderência às políticas públicas, além de garantir maior visibilidade e facilidade para a inserção na agenda governamental das demandas de interesse desses setores.
A tendência das democracias modernas, é, cada vez mais, valorizar a participação dos agentes econômicos e sociais nas decisões de governo. No Brasil, mesmo tendo avançado muito essa interação, ainda é baixo o nível de institucionalização. Além disto, os critérios para a participação, em grande medida, dependem mais de relação pessoal ou de afinidade do que propriamente de regras objetivas. É preciso inovar com criação ou reestruturação de instituições publicas que impeçam a corrupção, garantam a participação, a representação e o controle dos interesses públicos e dos direitos do cidadão.
Por Antônio Augusto de Queiroz
- - jornalista, analista político e Diretor de Documentação do Diap
https://www.emtemporeal.com.br/index.asp?area=2&dia=10&mes=02&ano=2014&idnoticia=136165
Publicada em 05/02/2014 às 10:52
Terceiro setor tem atuação destacada no lançamento do Projeto Quintais Amazônicos
O governador Confúcio Moura entregou à Associação da Reserva Extrativista Rio Preto Jacundá carta de apoio ao projeto de redução de emissão de carbono por desmatamento e degradação.
O estreitamento das relações governamentais em Rondônia com o terceiro setor, formado pelas organizações sociais (associações, cooperativas, igrejas, entre outras), foi destacado pelo governador Confúcio Moura nesta terça-feira (4) ao participar, na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), em Porto Velho, do lançamento do projeto ‘Quintais Amazônicos’. Trata-se de uma iniciativa do Centro de Estudos Rio Terra, que será implementada com recursos do BNDES, estimados em R$ 10,3 milhões, numa parceria com o governo do Estado, prefeituras de Itapuã do Oeste, Cujubim e Machadinho do Oeste, além da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e os Institutos Nacionais de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O projeto prevê apoio ao desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais (SAFs) para a recuperação de áreas desmatadas e geração de renda com o plantio e pesquisas de culturas selecionadas e adaptadas ao tipo de solo e clima da região. A expectativa, conforme o coordenador de Projetos da Rio Terra, Alexis Bastos, é de que mais de seis mil agricultores familiares sejam beneficiados pelo projeto, no período de quatro anos, quando serão realizadas ações, como apoio à regularização ambiental de propriedades com o Cadastramento Ambiental Rural (CAR), que vem sendo feito pela Sedam; recuperação de 500 hectares de áreas degradas ou alteradas, com a implantação de SAFs, que são formas de uso ou manejo da terra com a combinação de espécies de árvores e cultivos agrícolas; intercâmbio de experiências, capacitação em boas práticas de manejo; e assistência técnica e extensão rural.
“O Credenciamento não possui um prazo estipulado
“O Credenciamento não possui um prazo estipulado, pois cada secretaria possui seus editais, mas as instituições devem estar alertas para o prazo máximo de transferência de recursos definido pelo Tribunal Eleitoral, que é março”, explica o gerente do Terceiro Setor, Francisco Aroldo de Oliveira.
Um das estratégias adotadas foi a criação de uma linha de atendimento que funciona das 07hs30 às 13hs30 de segunda a sexta. São oito técnicos disponibilizados que atendem através do telefone (69) 3216-1028 e auxiliarão a dirimir possíveis dúvidas. “Temos também o email gis@det.ro.gov.br para quem preferir a ferramenta para o contato”, informa a coordenadora da equipe Geilma Fernandes.
Fonte: Decom
https://www.rondoniadinamica.com/arquivo/instituicoes-do-terceiro-setor-devem-se-adaptar-a-lei-estadual,63843.shtml
Enviado em 08/09/2013 às 21h35
Justa reivindicação do Terceiro Setor
É justa e pertinente a nota pública que acaba de ser expedida por cerca de 130 redes de entidades e organizações da sociedade civil, reivindicando ao governo federal a adoção de medidas concretas para o fortalecimento do Terceiro Setor. Este segmento, constituído no Brasil por mais de 290 mil fundações e associações sem fins lucrativos e que cresceu 8,8% entre 2006 e 2010 (IBGE/2012), presta relevantes serviços à sociedade. Realiza amplo trabalho em áreas prioritárias, como saúde, educação, proteção social de pessoas em situação de risco, defesa de minorias, cultura, esportes, inclusão econômica e iniciação profissional de jovens de baixa renda.
Ao cumprir missão de alta relevância pública, as chamadas Organizações da Sociedade Civil (OSCs) não podem, como vem ocorrendo, encontrar barreiras ao seu trabalho no próprio governo, no qual deveriam ser consideradas e tratadas como parceiras no cumprimento de obrigações constitucionais do Estado. Assim, a nota pública divulgada pelas redes objetiva corrigir tais distorções, resgatando compromissos assumidos durante a campanha eleitoral na qual a presidenta Dilma Rousseff obteve votação histórica e consagradora do eleitorado brasileiro. É importante lembrar que a plataforma programática eleita pelo povo incluía a solução dos problemas do Terceiro Setor.
São três as reivindicações. A primeira refere-se à reconvocação imediata do Grupo de Trabalho sobre o Marco Regulatório e sua constituição oficial, considerando que o colegiado vinha trabalhando precariamente em caráter oficioso, no cumprimento da importante missão de detalhar propostas de legislação em aspectos ainda não equacionados: políticas de fomento à organização autônoma da cidadania e à participação social; ambiente tributário facilitado; democratização dos incentivos às doações de pessoas físicas e jurídicas às organizações de interesse público; e revisão do sistema de certificação de entidades e de seus benefícios. A segunda solicitação diz respeito à assinatura imediata de decreto que aprimora o sistema de transferências financeiras do governo federal às entidades da sociedade civil, clareando o entendimento sobre esse tema.
O terceiro pleito pede o encaminhamento ao Congresso Nacional, em regime de urgência, de Projeto de Lei, também proposto pelo Grupo de Trabalho, agilizando a tramitação da matéria, que já vem sendo tratada no Legislativo por iniciativa parlamentar. A proposta, há muito tempo parada na esfera do Poder Executivo, cria instrumento específico para regular a relação de colaboração entre o governo federal e as OSCs (Termo de Fomento e Colaboração). Prevê, ainda, outras medidas importantes, como a exigência de experiência de pelo menos três anos de existência e uma espécie de “ficha limpa” das entidades, proibindo contratos com o Estado por até oito anos para organizações que firam a legislação.
Todas essas questões são correlatas aos assuntos que serão abordados, no dia 13 de setembro, em São Paulo, no 8º Encontro Paulista de Fundações, cujo tema central é “O Protagonismo da Sociedade Civil no Desenvolvimento”. Os painéis de discussão abordarão os “Dilemas e Desafios do Desenvolvimento Brasileiro” e “A Importância do Terceiro Setor para o Desenvolvimento” e o “Aperfeiçoamento da Democracia”, além de “Inovação Social & Desenvolvimento – Casos Exemplares”. Este último destacará experiências bem-sucedidas de organizações da sociedade civil que criaram saídas para superar problemas socioeconômicos, evidenciando o quanto são justas e pertinentes as reivindicações contidas na nota pública das redes de entidades.
É fundamental a definição de um marco regulatório para as parcerias entre o Estado e as OSCs. Assim, torna-se premente definir regras claras e garantir a transparência e a probidade nesse processo. Com a correção dos problemas e remoção dos obstáculos que enfrenta, o Terceiro Setor poderá contribuir ainda mais para a inclusão socioeconômica dos brasileiros e a melhoria da qualidade da vida em nosso País.
(Dora Silvia Cunha Bueno, presidenta – Associação Paulista de Fundações/APF, e Confederação Brasileira de Fundações/Cebraf)
Palavras-chave
A lista de palavras-chave está vazia.